terça-feira, 17 de setembro de 2013

PROJETO BANCO DO BRASIL COVERS VOLTA À CENA COM TRÊS SHOWS INÉDITOS Turnê passa por Fortaleza no início do mês de outubro


Os ídolos também têm seus ídolos – artistas que os influenciaram e que são alvos de sua admiração. Criado para mostrar grandes nomes da música brasileira interpretando o repertório de seus compositores prediletos, o projeto Banco do Brasil Covers entra novamente em cena com três shows inéditos, idealizados e dirigidos por Monique Gardenberg.

Na programação de 2013, Maria Gadú vai celebrar Cazuza, Zeca Baleiro reverenciará Zé Ramalho, e quatro astros do rock brasileiro - Dado Villa-Lobos, João Barone, Leoni e Toni Platão - se unirão a  Liminha, um dos maiores produtores musicais do país, para explicitar sua devoção ao grupo inglês The Beatles, com a participação dos convidados especiais André Frateschi, Marjorie Estiano, Paulo Miklos e Sandra de Sá. Liminha atuará como baixista e diretor musical do grupo.

Em Fortaleza, a turnê BB Covers acontecerá nos dias 5, 6 e 7 de outubro, no Siará Hall. Os shows têm como pilares preços acessíveis - o valor da inteira varia de R$40 a R$140.

Os três shows ainda percorrem mais quatro capitais do Brasil, em turnê itinerante que começará por Natal (Teatro Riachuelo, de 27 a 29 de setembro), passará por Recife (Teatro Guararapes, 1 a 3 de outubro), por Porto Alegre (Teatro do Sesi, 6 a 8 de novembro) e tem seu ponto final no Rio de Janeiro (Vivo Rio, de 29 de novembro a 1 de dezembro).

Com novo nome, o bem-sucedido projeto Banco do Brasil Covers volta à cena após eletrizar o público de 10 cidades do país, em 2011 e no ano passado, com concorridas apresentações dos shows em que Maria Bethânia interpretava músicas de Chico Buarque, Sandy recriava a obra de Michael Jackson e Lulu Santos dava novo colorido às canções mais balançadas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Na ocasião, o projeto se chamava Circuito Cultural Banco do Brasil.

Maria Gadú canta Cazuza

Quando Agenor de Miranda Araújo Neto (4 de abril de 1958 – 7 de julho de 1990), o Cazuza, saiu precocemente de cena, aos 32 anos, Maria Gadú ainda tinha quatro anos incompletos. Mas o tempo não para e, como o cancioneiro de Cazuza nunca envelhece, a cantora e compositora paulistana logo travou contato com a obra deste cantor, compositor e poeta carioca – como qualquer brasileiro nascido após 1982. Nesse ano, o grupo carioca Barão Vermelho – que se reunira em fins de 1981 e admitira Cazuza como vocalista após indicação do cantor goiano Leo Jaime – lançou seu primeiro disco. Foi quando começou a brilhar a estrela de Cazuza.

O rock do Barão Vermelho evocava a crueza do som dos Rolling Stones, mas a poesia das letras escritas por um poeta que viria a receber a alcunha de Exagerado – por ser pautado pelos excessos, sobretudo de talento – parecia arder na fogueira das paixões que consumira, décadas antes, as canções do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914 – 1974) e da cantora e compositora paulista Maysa (1936 – 1977), merecendo imediatos elogios públicos de nomes como Caetano Veloso (que sentenciaria mais tarde que Cazuza foi o poeta da geração pop dos anos 80) e Ney Matogroso.

O parentesco de Cazuza com a música brasileira ficou mais evidenciado quando o cantor saiu do Barão Vermelho, após três álbuns e um compacto gravados com o grupo, e iniciou carreira solo em 1985, gravando mais seis álbuns individuais, o último lançado de forma póstuma em 1991.

Em oito intensos anos de carreira, Cazuza deixou nada menos do que 234 músicas, sendo que uma parte ainda permanece inédita. É sobre essa vasta obra - um museu de grandes novidades para quem não teve a oportunidade de conhecer mais a fundo o cancioneiro do compositor de hinos como samba-rock Brasil (em parceria com George Israel e Nilo Romero) e balada Todo amor que houver nessa vida (com Frejat, seu mais frequente parceiro) - que Maria Gadú já se debruça para selecionar o repertório do show inédito em que vai cantar Cazuza sob a direção de Monique Gardenberg. O roteiro vai misturar músicas gravadas por Cazuza com o Barão Vermelho e composições da profícua carreira solo do cantor.

A intensidade que pautou Cazuza parece guiar também os caminhos de Maria Gadú. Grande revelação de 2009, ano em que lançou seu primeiro álbum, Maria Gadú, com sucessos autorais como Shimbalaiê, a cantora e compositora paulistana já gravou desde então dois álbuns de estúdio e fez dois registros ao vivo de shows (um deles com Caetano Veloso) em apenas quatro anos de carreira fonográfica. O sucesso de Gadú já extrapola inclusive as fronteiras nacionais. Parceira do compositor norte-americano Jesse Harris, a artista fez este ano turnê pela Europa, com shows invariavelmente lotados.

Zeca Baleiro canta Zé Ramalho

 Ramalho e Zeca Baleiro são do Nordeste. Mas a vastidão da Nação Nordestina é tamanha que ambos habitam distintos universos musicais – o que valoriza e ressalta o ineditismo do show em que Baleiro vai dar voz a músicas de Ramalho.

Nome que se destacou na corrente migratória que deslocou artistas do Nordeste para o eixo Rio-São Paulo ao longo dos anos 70, em busca de maior visibilidade e oportunidades profissionais, José Ramalho Neto veio ao mundo em 3 de outubro de 1949, na cidade interiorana de Brejo da Cruz, enraizada no sertão da Paraíba. Influenciada pela obra seminal de Luiz Gonzaga (1912–1989), sua vivência musical começa a virar profissão nos anos 60 em João Pessoa (PB), quando Ramalho passa a integrar  conjuntos de baile que tocavam o pop rock produzido naquela década.

Mas o cantor somente se faria ouvir em todo o Brasil a partir de 1978, quando lançou seu primeiro álbum, Zé Ramalho(Epic / CBS), com sucessos autorais como Avohai (homenagem ao avô que o criou após a morte do pai), Chão de giz e Vila do sossego. O tom épico e apocalíptico da música de Ramalho já lhe valeu epítetos como Profeta dosertão e Bob Dylan da caatinga.  Pautada pelo traço de originalidade da obra do compositor, a discografia de Ramalho contabiliza 26 álbuns em 35 anos de carreira.

Nascido em 11 de abril de 1966, em São Luis, e criado em Arari, cidade do interior do Maranhão, José de Ribamar Coelho Santos começou a se tornar um grande nome da música brasileira  – como Zé Ramalho – a partir de 1997, ano em que lançou seu primeiro álbum, Por onde andará Stephen Fry? (Mza Music), já assinando como Zeca Baleiro e chamando atenção da crítica pela verve de seus versos que, não raro, são construídos com trocadilhos e jogos de palavras que explicitam espirituosa visão do mundo.

Musicalmente, a obra autoral de Baleiro é multifacetada, conciliando canções de lirismo mordaz (Flor da pele, seu primeiro sucesso, exemplifica tal vertente), temas de ritmos regionais que expõem sua origem nordestina, samba, reggae e blues. Paralelamente, o compositor foi se revelando sagaz intérprete de obras alheias – talento que vai poder ser comprovado nos shows em que Baleiro apresentará sua personalíssima leitura do cancioneiro de Zé Ramalho.

Dado Villa-Lobos, João Barone, Leoni e Toni Platão cantam e tocam The Beatles

Nomes emblemáticos da geração que nos anos 80 abriu as portas e os ouvidos do Brasil para o rock produzido no país, o belga Dado Villa-Lobos, o brasiliense João Barone e os cariocas Leoni e Toni Platão foram garotos nascidos nos anos 60 que amaram os Beatles (e os Rolling Stones).

Não necessariamente naquela década, mas tão logo ingressaram no mundo eternamente jovem do rock. O show em que o fantástico quarteto canta e toca The Beatles é afetivo acerto de contas com a memória musical de artistas que, influenciados pelos Fab Four, viveram eles mesmos o sonho de ser popstar no Brasil.
Como guitarrista, Dado Villa-Lobos integrou a já mítica banda brasiliense Legião Urbana (1982–1996) e permanece em cena em carreira solo. João Barone é há três décadas o baterista virtuoso que marca o ritmo do som do grupo carioca Paralamas do Sucesso.

Projetado como compositor no grupo carioca Kid Abelha, Leoni formou uma segunda banda nos anos 80, Heróis da Resistência, e na sequência se firmou, já em carreira solo, como um dos mais habilidosos compositores de música pop do Brasil. Já Toni Platão é reconhecido como o dono de uma das grandes vozes do rock nacional desde os tempos em que era o vocalista do grupo carioca Hojerizah.  
Nos shows do projeto Banco do Brasil Covers, o quarteto vai cantar e tocar Beatles sob a direção musical de Liminha, o produtor e músico que deu forma em seu carioca estúdio Nas Nuvens a grandes álbuns do rock brasileiro dos anos 80 e 90 e que também participará da banda tocando baixo.

Para abrilhantar o show, o quarteto vai receber convidados como Sandra de Sá – cantora carioca identificada no imaginário nacional com o funk/soul, mas com livre trânsito por todos os ritmos –, Paulo Miklos –vocalista dos Titãs, uma das bandas de maior sucesso do rock brasileiro – e dois atores que se revelaram ótimos cantores, André Frateschi e Marjorie Estiano.



SERVIÇO BB COVERS FORTALEZA



Local: Siará Hall
Datas:
05/10 (sáb), 22h – Zeca Baleiro canta Zé Ramalho
06/10 (dom), 21h – Dado Villa-Lobos, João Barone, Leoni e Toni Platão cantam e tocam Beatles. Convidados especiais: André Frateschi, Marjorie Estiano, Paulo Miklos e Sandra de Sá.
07/10 (seg), 21h – Maria Gadú canta Cazuza
Ingressos:
Plateia 1: R$60 (meia-entrada)
Plateia 2: R$50 (meia-entrada)
Plateia 3: R$30 (meia-entrada)
Camarote 1º andar: R$40 (meia-entrada)
Camarote 2º andar: R$20 (meia-entrada)
Vendas: site BilheteriaVirtual.com e Siará Hall.
Obs.: é permitida a venda de no máximo duas entradas por CPF. Clientes Ourocard têm direito a 50% de desconto na compra de ingressos com valor de inteira.
Apresentação: Banco do Brasil
Meio de pagamento oficial: Ourocard
Credenciadora oficial: Cielo
Realização: Dueto
Coprodução: Arte Produções
Promoção: Cidade 99.1 FM
Classificação: 16 anos (menores somente acompanhados dos pais ou responsáveis) 

  

Nenhum comentário:

Postar um comentário