segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Fortaleza recebe visita técnica do projeto “Seleção Destino”



O Fortaleza Convention Bureau, em parceria com a Naja Turismo, recebeu a Presidente da ABEOC de Pernambuco, Tatiana Marques, para uma visita técnica do Projeto “Seleção Destinos”. O Projeto, que atingirá 25 cidades brasileiras, avalia o potencial dessas cidades para a promoção de eventos. Em Fortaleza, Tatiana Marques conheceu o Centro de Eventos do Ceará e a Arena Castelão. Foto: Milena Auip (FCVB); Socorro Saraiva e Alda Bauer (Naja Turismo); Tatiana Marques (ABEOC-PE).






Dragão do Mar abre exposição com fotografias modernistas da Coleção Itaú amanhã




No dia 25 de setembro de 2013, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura abre a exposição Moderna Para Sempre - Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú. Com curadoria do fotógrafo Iatã Cannabrava, produção e organização do Itaú Cultural, a exposição remonta aos anos de 1940 a 1970, quando, na esteira do modernismo europeu e americano, fotógrafos brasileiros entraram na discussão sobre os limites da arte fotográfica. Com um total de 86 imagens, de 23 artistas, o recorte mergulha, sobretudo, no movimento fotoclubista brasileiro. A Mostra tem acesso gratuito e segue aberta até a 24 de novembro, com visitação de terça a quinta, das 9h às 19h (acesso até às 18h30) e sexta a domingo, das 10h às 20h (acesso até às 19h30).

As obras compõem um recorte da Coleção de Fotografia Modernista Brasileira do Itaú, já exibida em Porto Alegre, Belém, Belo Horizonte e Ribeirão Preto, Assunção, no Paraguai e Cidade do México. Recentemente, o acervo adquiriu também cinco novas obras de dois artistas - duas do catalão radicado em São Paulo, Marcel Giró, morto em 2011, e três do paulista Paulo Pires, que serão exibidas pela primeira vez em Fortaleza.

De Giró, a Coleção Itaú incorporou Esboço Botellas. Para o curador, ambas são altamente representativas dentro da fotografia modernista.  “Esboço, por exemplo, é uma das obras mais delicadas da coleção”, diz ele. “É um ícone do movimento onde um inofensivo lago com plantas aquáticas refletidas se transformam em uma sinfonia de traços”, conta ele. “Isso  dá uma especial delicadeza ao jogo com as formas, tão inerente ao movimento da fotografia moderna.”

Pintor, Ascensão e Asfalto são as novas imagens de Paulo Pires, um pintor, segundo o curador, que era um grande laboratorista pelo qual se destacava neste grupo. “As obras dele, como Ascensão, são um exercício de alquimia de laboratório da mais alta qualidade”, observa Cannabrava.  “Ao trabalhar técnicas sobre o negativo e o positivo ele construia desenhos como se fossem resultado da ponta seca de um gravurista”, completa.

Este fotógrafo expôs pela primeira vez em 1950, no Foto Cine Clube Bandeirante, e fundou, posteriormente, o Íris Foto Grupo de São Carlos. Além de sua alquimia como laboratorista, ele incorpora dois elementos à sua fotografia: o banal, que pode ser visto em Composição com Torneira, e a metrópole paulistana em vertiginoso crescimento, com seu trabalho sobre o Copan de Niemeyer, como ser observa na foto Linhas. “Esta imagem mostra o desnudamento do símbolo maior da cidade de São Paulo, o Copan, ainda em andaimes de madeira”, assinala Cannabrava.

Fotoclubismo
Cannabrava explica que  o fotoclubista brasileiro teve início em São Paulo, no Foto Cine Clube Bandeirante, em 1939, e se alargou para outros fotoclubes da cidade. Em geral, era composto por fotógrafos amadores que, livres das obrigações de um trabalho comercial, puderam experimentar e quebrar regras.  Nesses núcleos aterrissaram artistas como Geraldo de Barros, José Yalenti e German Lorca, todos presentes na exposição. “Nas imagens, encontramos as buscas por formas e volumes, abstracionismos e surrealismo, em uma evidente influência das antigas vanguardas europeias”, conta o curador.

Os trabalhos destes artistas começaram pictorialistas, imitando os padrões da pintura do século XIX. Com o desenvolvimento e crescimento econômico do país, desembocaram no celeiro da fotografia moderna brasileira, a chamada Escola Paulista. “As obras parecem uníssonas, montadas para um único ensaio fotográfico porque tem forte unidade temática, divididas em dois grupos: cidades ou formas, sejam elas geométricas, elaboradas ou simétricas”, explica Cannabrava. “A partir deste momento, texturas, contraluzes, enquadramentos sóbrios, linhas, solarizações, fotomontagens, fotogramas, entre outros tópicos, passam a integrar o vocabulário criativo”, afirma.

Vale observar, também, que a maioria dos membros dos fotoclubes era de imigrantes de origem europeia, como o citado Marcel Giró, ou descendentes refugiados das guerras do hemisfério norte, estabelecendo no Brasil uma produção com olhar mais otimista e de esperança no futuro, distante de assuntos sociopolíticos que predominavam nos trabalhos da época, e diferenciando-se do movimento europeu focado nas dificuldades sociais.

Segundo Cannabrava, este grupo se antecipou ao atual universo dos blogs, facebooks e flickrs montando o que poderia ser chamado de primeiras redes sociais de que se tem conhecimento na área de fotografia. Por meio de salões, catálogos e concursos formaram uma teia internacional que divulgava a produção nos grandes centros da fotografia mundial e também no Brasil.

Algumas obras
Reflexo, produzida em 1950 por José Yalenti, passou a incorporar a Coleção Itaú no ano passado. Elas são apontadas por especialistas como exemplos para validar porque ele é reconhecido como mestre da contraluz e da geometrização de motivos. Entre as 18 obras do fotógrafo presentes na mostra, vale destacar também Paralelas e Diagonais, por meio das quais o espectador se depara com formas inusitadas, migrando o tempo todo de uma intenção abstracionista a um surrealismo inesperado.

O abstrato-geométrico de Ademar Manarini faz par perfeito com Arabescos em Branco, de Gertrudes Altschul, rara representante do gênero feminino no fotoclubismo deste período. Se junta a este grupo a imagem Formas, de Eduardo Salvatore, de quem vale ressaltar o importante papel no cenário fotoclubista como um dos fundadores do Foto Cine Clube Bandeirante. Rubens Teixeira Scavone, em Abstração #5, completa o conjunto, em uma foto eternamente contemporânea de cartazes rasgados.

Artistas e quantidade de obras: Ademar Manarini (9), André Carneiro (1), Chakib Jabour (1), Délcio Capistrano (1), Eduardo Enfeldt  (1), Eduardo Salvatore  (1), Francisco Albuquerque (1), Francisco Quintas Jr. (1), Georges Radó (4), Geraldo de Barros (4), German Lorca (12), Gertudes Altschul (3), Gunter E.G. Schroeder (2), João Bizarro da Nave Filho (1), José Oiticica Filho (1), José Yalenti (18), Julio Agostinelli (1), Lucilio Correa Leite Júnior (1), Marcel Giró (2), Osmar Peçanha (3), Paulo Pires (16), Rubens Teixeira Scavone (2), Tufi Kanji (1)

SERVIÇO: abertura da exposição “Moderna Para Sempre - Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú”
Dia 24 de setembro de 2013, às 19h, nas salas do piso inferior do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (R. Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema). Mostra em cartaz até 24 de novembro, com visitação de terça a quinta, das 9h às 19h (acesso até às 18h30) e sexta a domingo, das 10h às 20h (acesso até às 19h30). Acesso gratuito e classificação livre.

Estreia das equipes femininas e disputa da seminal foram os destaques deste fim de semana na Copa Coca-Cola


As meninas provaram que futebol não é coisa só de homem e bateram um bolão na estreia da categoria feminina na Copa Coca-Cola. Os jogos aconteceram neste final de semana, no estádio Murilão, em Messejana. No sábado (21), as partidas que ganharam maior destaque foram entre as garotas do Emlurb, que golearam a Seleção Industrial por 10 a 0, e o time da Estação da Luz, que venceu o Menina Olímpica por 4 a 0.  No domingo, a equipe da Emlub repetiu a goleada e venceu o Menina Olímpica por 10 a 0.
Na disputa das quartas de final da categoria masculina, a Estácio FIC venceu a equipe da Canaã por 2 a 0. O Arqua ganhou apertado do Amigos da Bola por 3 a 2. O Nova Esperança saiu na frente do Estação da Luz por 3 a 1 e o Boa Vista venceu o Fenômenos do Aracapé por 1 a 0.

A Copa Coca-Cola


Promovido anualmente pela Coca-Cola Brasil, o torneio é um dos maiores do país e tem como principal objetivo estimular a vida ativa de jovens, seus familiares e suas comunidades. A competição é realizada simultaneamente em 30 cidades brasileiras. 
O torneio reúne cerca de oito mil atletas, com idades entre 13 e 15 anos, divididos em 496 equipes. Dessas, 40 são do Ceará, sendo 32 masculinas e oito femininas. Cada time tem um mínimo de 11 e máximo de 18 atletas. Para participar, os garotos e garotas precisam estar regulares na escola. 
Disputados em dois tempos de 25 minutos, os jogos acontecem sempre a partir das 8 horas, durante todos os finais de semana do mês de setembro e terminam no dia 06 de outubro, no Estádio Estádio Presidente Vargas, quando serão conhecidos os vencedores da competição. 

Cláudia Mamede e João Bosco Filho trocam alianças em bela cerimônia


Em uma bela cerimônia na Igreja Nossa Senhora do Líbano realizada no último dia 13 de setembro, Cláudia Mamede e João Bosco Filho tornaram-se marido e mulher sob às bênçãos da igreja. A recepção foi Lulla’s Athéneé e recebeu cerca de 250 seletos convidados. A mesa de doces e chocolates a La Toca Fina Cozinha, foi um dos destaques da festa.

Exposição "Natural Natural: Paisagem e Artifício” será aberta amanhã no Dragão do Mar


Mostra reúne experiências estruturadas a partir de quatro laboratórios investigativos

Amanhã, às 19h, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, por meio do Museu de Arte Contemporânea do Ceará, abre a exposição "Natural Natural: Paisagem e Artifício". A Mostra ocupará as salas 1 e 2 do MAC, apresentando um trabalho colaborativo e processual, que visa interrogar a tríade modernismo-modernidade-modernização. Com curadoria da artista Ana Maria Tavares, o Projeto foi especialmente pensado para a cidade de Fortaleza, com itinerância em Juazeiro do Norte.

A exposição reúne experiências estruturadas a partir de quatro laboratórios investigativos, pensados como plataformas de 'formação e informação expandidas', as quais transcendem não só o modo tradicional em que se produz o conhecimento, mas também suas instituições: a escola e o museu. Os LAB-01 e LAB-02: Reconstruções de Paisagens foram formulados a partir da produção de Burle Marx em Fortaleza na década de sessenta e o estudo de caso de dois de seus jardins projetados para a cidade – o jardim do Edifício Passaré, sede do Banco do Nordeste e o jardim do Teatro José de Alencar. Estes laboratórios objetivaram a investigação de técnicas, processos e materiais para a produção de obras de arte em colaboração com artesãos e designers locais. O LAB-03: Pesquisa - Entre a história e a atualidade do lugar, buscou referências importantes em arquivos da cidade, sua história e as tensões que definem a paisagem atual. Por fim, o LAB-04: Entre Ciência, Política e Estética foi concebido como um Seminário Internacional para promover uma perspectiva critica sobre a interação da arte e da arquitetura com a ciência e o social. Artistas, designers, teóricos, historiadores do Brasil e estrangeiros e o público em geral, se reunirão durante dois dias, para debater sobre a dicotomia entre progresso e atraso, pureza e contaminação, beleza e feiúra, e ciência e ideologia, que subjazem ao coração do movimento moderno Brasileiro.
Adotando metodologias científicas, estes quatro laboratórios visaram produzir e testar técnicas e hipóteses relacionadas ao modo como a construção do espaço --natural e arquitetônico-- tornou-se um dispositivo tecnológico para as ideologias modernistas.
Em suas instalações e intervenções nas cidades, Ana Maria Tavares tem se dedicado a interrogar a arquitetura moderna através de ações dialógicas entre espaço e sujeito, forma e conteúdo, que intercambiam saberes e privilegiam uma produção artística reativadora dos espaços, arquivos e ideologias. Assim, a proposta para exposição Natural-Natural: Paisagem e Artifício se afirma como a instauração de um lugar orgânico, processual e dialógico para dar a ver uma produção artística colaborativa, construída na confluência dos campos da artesania popular, da arte, da arquitetura e do paisagismo, presentes na cultura moderna do Ceará, em especial, da cidade de Fortaleza.

A curadora

Ana Maria Tavares (Belo Horizonte, 1958. Vive e trabalha em São Paulo) Azulejos I a IV (da série Condomínios).

Ana Maria Tavares vive e trabalha em São Paulo. Graduada em Artes Plásticas pela FAAP (1982), Mestre pela The School of the Art Institute of Chicago (1986) e Doutora pela ECA/USP (2000), Ana Maria Tavares tem representado o Brasil em inúmeras exposições internacionais na Europa, América e Ásia e tem sido convidada como artista visitante e conferencista nas mais reconhecidas universidades do Brasil e do mundo, tais como Harvard University, MIT – Massachussets Institute of Technology (Ida Ely Rubin Artist-in-Residence), UCBerkeley, Rice University, Vanderbilt University (EUA); a Rijksaka-demie (HOL) e a Universidade Nacional de Bogotá. Em 2001 Ana Maria Tavares foi contemplada com o Guggenheim Award, uma dos mais prestigiosos prêmios nas artes e humanidades nos Estados Unidos. Desde 1982 dedica-se à atividade didática em nível superior, ingressando em 1993 no Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, ECA-USP, onde realiza até o presente, atividades docentes, de orientação e pesquisa com alunos e artistas da Graduação e da Pós-Graduação em Poéticas Visuais. É coordenadora do programa de parceria internacional com a escola de arte da Vanderbilt University, USA, promovendo intercâmbio e pesquisa e realização de projetos artísticos. Desde 1982 realizou diversas exposições individuais e participou de Bienais Internacionais de São Paulo, de Havana, Pontevedra, Istambul e Cingapura. Desde 2009 desenvolve o projeto Natura In-Vitro: Interrogando a Modernidade em coautoria com a historiadora e crítica de arte e arquitetura Fabiola Lopez-Durán.

Serviço: Abertura da exposição "Natural Natural: Paisagem e Artifício" Dia 24, às 19h, nas salas do piso superior do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (R. Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema). Mostra em cartaz até 03 de novembro, com visitação de terça a quinta, das 9h às 19h (acesso até às 18h30) e sexta a domingo, das 10h às 20h (acesso até às 19h30). Acesso gratuito e classificação livre.