Os ídolos também têm
seus ídolos – artistas que os influenciaram e que são alvos de sua admiração.
Criado para mostrar grandes nomes da música brasileira interpretando o
repertório de seus compositores prediletos, o projeto Banco do Brasil Covers entra
novamente em cena com três shows inéditos, idealizados e dirigidos por Monique Gardenberg.
Na programação de 2013, Maria Gadú vai celebrar Cazuza, Zeca Baleiro reverenciará Zé Ramalho, e quatro astros do rock brasileiro - Dado Villa-Lobos, João Barone, Leoni e Toni Platão - se unirão a Liminha, um dos maiores produtores
musicais do país, para explicitar sua devoção ao grupo inglês The Beatles, com a participação dos
convidados especiais André Frateschi,
Marjorie Estiano, Paulo Miklos e Sandra de Sá. Liminha atuará como baixista e
diretor musical do grupo.
Em Fortaleza, a turnê BB
Covers acontecerá nos dias 5, 6 e 7
de outubro, no Siará Hall. Os shows têm como pilares preços acessíveis - o
valor da inteira varia de R$40 a R$140.
Os três shows ainda
percorrem mais quatro capitais do Brasil, em turnê itinerante que começará por Natal (Teatro Riachuelo, de 27 a 29 de setembro),
passará por Recife (Teatro Guararapes, 1 a 3 de outubro), por Porto Alegre (Teatro do Sesi, 6 a 8 de
novembro) e tem seu ponto final no Rio de Janeiro (Vivo Rio, de 29 de novembro a 1 de dezembro).
Com novo nome, o
bem-sucedido projeto Banco do
Brasil Covers volta à cena após eletrizar o público de
10 cidades do país, em 2011 e no ano passado, com concorridas apresentações dos
shows em que Maria Bethânia interpretava
músicas de Chico Buarque, Sandy recriava a obra de Michael Jackson e Lulu Santos dava
novo colorido às canções mais balançadas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Na ocasião, o projeto se
chamava Circuito Cultural Banco
do Brasil.
Maria Gadú canta Cazuza
Quando Agenor de Miranda Araújo Neto (4
de abril de 1958 – 7 de julho de 1990), o Cazuza, saiu precocemente de cena, aos 32 anos, Maria Gadú ainda tinha quatro anos incompletos. Mas o tempo não para e,
como o cancioneiro de Cazuza nunca
envelhece, a cantora e compositora paulistana logo travou contato com a obra
deste cantor, compositor e poeta carioca – como qualquer brasileiro nascido
após 1982. Nesse ano, o grupo carioca Barão Vermelho – que se reunira em fins
de 1981 e admitira Cazuza como
vocalista após indicação do cantor goiano Leo Jaime –
lançou seu primeiro disco. Foi quando começou a brilhar a estrela de Cazuza.
O rock do Barão Vermelho evocava a crueza
do som dos Rolling Stones, mas a poesia das letras
escritas por um poeta que viria a receber a alcunha de Exagerado – por ser pautado
pelos excessos, sobretudo de talento – parecia arder na fogueira das paixões
que consumira, décadas antes, as canções do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914 – 1974) e da cantora e compositora paulista Maysa (1936 – 1977), merecendo
imediatos elogios públicos de nomes como Caetano Veloso (que
sentenciaria mais tarde que Cazuza foi
o poeta da geração pop dos anos 80) e Ney Matogroso.
O parentesco de Cazuza com a música brasileira
ficou mais evidenciado quando o cantor saiu do Barão Vermelho,
após três álbuns e um compacto gravados com o grupo, e iniciou carreira solo em
1985, gravando mais seis álbuns individuais, o último lançado de forma póstuma
em 1991.
Em oito intensos anos de
carreira, Cazuza deixou
nada menos do que 234 músicas, sendo que uma parte ainda permanece inédita. É
sobre essa vasta obra - um museu de grandes novidades para
quem não teve a oportunidade de conhecer mais a fundo o cancioneiro do
compositor de hinos como samba-rock Brasil (em parceria com George Israel e Nilo Romero) e balada Todo
amor que houver nessa vida (com Frejat, seu mais frequente parceiro) - que Maria Gadú já se debruça para selecionar o repertório do show
inédito em que vai cantar Cazuza sob
a direção de Monique Gardenberg. O roteiro vai misturar
músicas gravadas por Cazuza com
o Barão Vermelho e composições da
profícua carreira solo do cantor.
A intensidade que pautou Cazuza parece guiar também os
caminhos de Maria Gadú. Grande revelação de 2009, ano em
que lançou seu primeiro álbum, Maria
Gadú, com sucessos autorais como Shimbalaiê, a cantora e compositora paulistana já gravou desde
então dois álbuns de estúdio e fez dois registros ao vivo de shows (um deles
com Caetano Veloso) em apenas quatro anos de
carreira fonográfica. O sucesso de Gadú já
extrapola inclusive as fronteiras nacionais. Parceira do compositor
norte-americano Jesse Harris, a artista fez este ano turnê
pela Europa, com shows invariavelmente lotados.
Zeca Baleiro canta Zé
Ramalho
Zé Ramalho e Zeca Baleiro são do Nordeste. Mas a vastidão da Nação Nordestina é
tamanha que ambos habitam distintos universos musicais – o que valoriza e
ressalta o ineditismo do show em que Baleiro vai dar voz a músicas de Ramalho.
Nome que se destacou na
corrente migratória que deslocou artistas do Nordeste para o eixo Rio-São Paulo
ao longo dos anos 70, em busca de maior visibilidade e oportunidades
profissionais, José Ramalho Neto veio ao mundo em 3 de
outubro de 1949, na cidade interiorana de Brejo da Cruz, enraizada no sertão da
Paraíba. Influenciada pela obra seminal de Luiz Gonzaga (1912–1989),
sua vivência musical começa a virar profissão nos anos 60 em João Pessoa (PB),
quando Ramalho passa a
integrar conjuntos de baile que tocavam o pop rock produzido naquela
década.
Mas o cantor somente se
faria ouvir em todo o Brasil a partir de 1978, quando lançou seu primeiro
álbum, Zé Ramalho(Epic / CBS), com sucessos
autorais como Avohai (homenagem
ao avô que o criou após a morte do pai), Chão de giz e Vila do sossego.
O tom épico e apocalíptico da música de Ramalho já lhe valeu epítetos como Profeta dosertão e Bob Dylan da caatinga. Pautada pelo
traço de originalidade da obra do compositor, a discografia de Ramalho contabiliza 26 álbuns em
35 anos de carreira.
Nascido em 11 de abril
de 1966, em São Luis, e criado em Arari, cidade do interior do Maranhão, José de Ribamar Coelho Santos começou a se tornar um
grande nome da música brasileira – como Zé Ramalho –
a partir de 1997, ano em que lançou seu primeiro álbum, Por onde andará Stephen Fry? (Mza
Music), já assinando como Zeca Baleiro e chamando atenção da
crítica pela verve de seus versos que, não raro, são construídos com
trocadilhos e jogos de palavras que explicitam espirituosa visão do mundo.
Musicalmente, a obra
autoral de Baleiro é
multifacetada, conciliando canções de lirismo mordaz (Flor da pele, seu primeiro
sucesso, exemplifica tal vertente), temas de ritmos regionais que expõem sua
origem nordestina, samba, reggae e blues. Paralelamente, o compositor foi se
revelando sagaz intérprete de obras alheias – talento que vai poder ser
comprovado nos shows em que Baleiro apresentará sua personalíssima leitura do
cancioneiro de Zé Ramalho.
Dado Villa-Lobos, João
Barone, Leoni e Toni Platão cantam e tocam The Beatles
Nomes emblemáticos da
geração que nos anos 80 abriu as portas e os ouvidos do Brasil para o rock
produzido no país, o belga Dado Villa-Lobos, o brasiliense João Barone e os cariocas Leoni e Toni Platão foram garotos nascidos nos anos 60 que amaram os Beatles (e os Rolling Stones).
Não necessariamente
naquela década, mas tão logo ingressaram no mundo eternamente jovem do rock. O
show em que o fantástico quarteto canta e toca The Beatles é
afetivo acerto de contas com a memória musical de artistas que, influenciados
pelos Fab Four,
viveram eles mesmos o sonho de ser popstar no Brasil.
Como guitarrista, Dado Villa-Lobos integrou a já
mítica banda brasiliense Legião
Urbana (1982–1996) e permanece em cena em carreira solo. João Barone é há três décadas o baterista virtuoso que marca o
ritmo do som do grupo carioca Paralamas do Sucesso.
Projetado como
compositor no grupo carioca Kid Abelha, Leoni formou uma segunda banda nos anos 80, Heróis da Resistência, e na sequência
se firmou, já em carreira solo, como um dos mais habilidosos compositores de
música pop do Brasil. Já Toni Platão é reconhecido como o dono
de uma das grandes vozes do rock nacional desde os tempos em que era o
vocalista do grupo carioca Hojerizah.
Nos shows do projeto Banco do Brasil Covers, o
quarteto vai cantar e tocar Beatles sob
a direção musical de Liminha,
o produtor e músico que deu forma em seu carioca estúdio Nas Nuvens a grandes
álbuns do rock brasileiro dos anos 80 e 90 e que também participará da banda
tocando baixo.
Para
abrilhantar o show, o quarteto vai receber convidados como Sandra de Sá – cantora carioca
identificada no imaginário nacional com o funk/soul, mas com livre trânsito por
todos os ritmos –, Paulo Miklos –vocalista
dos Titãs, uma das bandas
de maior sucesso do rock brasileiro – e dois atores que se revelaram ótimos
cantores, André Frateschi e Marjorie Estiano.
SERVIÇO
BB COVERS FORTALEZA
Local: Siará Hall
Datas:
05/10
(sáb), 22h – Zeca Baleiro canta Zé Ramalho
06/10
(dom), 21h – Dado Villa-Lobos, João Barone, Leoni e Toni Platão cantam e tocam Beatles.
Convidados especiais: André Frateschi, Marjorie Estiano, Paulo Miklos
e Sandra de Sá.
07/10
(seg), 21h – Maria Gadú canta Cazuza
Ingressos:
Plateia
1: R$60 (meia-entrada)
Plateia
2: R$50 (meia-entrada)
Plateia
3: R$30 (meia-entrada)
Camarote
1º andar: R$40 (meia-entrada)
Camarote
2º andar: R$20 (meia-entrada)
Vendas:
site BilheteriaVirtual.com e Siará Hall.
Obs.: é permitida a
venda de no máximo duas entradas por CPF. Clientes Ourocard têm direito a
50% de desconto na compra de ingressos com valor de inteira.
Apresentação: Banco do Brasil
Meio
de pagamento oficial: Ourocard
Credenciadora
oficial: Cielo
Realização:
Dueto
Coprodução:
Arte Produções
Promoção:
Cidade 99.1 FM
Classificação:
16 anos (menores somente acompanhados dos pais ou responsáveis)
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